terça-feira, dezembro 29, 2009

.-.


E então aqui...
Discutimos e repetimos diplomacias - hipócritas.
Seguimos à risca as palavras daquele que nos ordena [ordena que não ouçamos ninguém],
Tentamos explicar com precisão o que nem ao menos sabemos que é certo de existir.

Do que és feito, meu caro?
Do mesmo que eu.
Dos mesmos modos de vida 'alternativos'
Ensinados em livros de auto-ajuda enrustidos.
Da mesma carcaça frágil.
Dos mesmos medos e apreensões.
Da mesma maldita mania de auto-controle.
[controlar o que??]

Você me condena por fazer
O que aprendi com você.

Um olá logo seguido de adeus.
É essa sua fuga, tão medíocre quanto a minha.

Mas no fim não dá pra fugir;
Não da realidade.
Ela está aqui, batendo cada vez mais forte;
E desta vez tá me machucando.

Você se importa?
Você já se importou um dia?

E enquanto isso,
essas mentes um tanto pretenciosas
Tentando me encantar.
Sorrisos, biscoitos, café ou chá?
Me dão nojo,
e acham que eu já estou lá na deles. [maldita presunção]

Mas agora já chega.

Agora me solta
E só segura a minha mão se tiver caindo feio.
Mas não me puxa.
Não me agarra.
Me deixa correr.
Me deixa fugir.
E não se deixe abalar,
Que daqui a pouco eu volto.

- Será?


.



29-09-09

Nenhum comentário:

Postar um comentário