domingo, abril 26, 2009

Não banalizem o verbo amar


Não sorrio sempre;
Se o faço, é de verdade.
Não ando a chorar pelos cantos;
quando choro é porque dói.
Não agrado ao mundo inteiro (nem posso)
Mas se agrado é porque gosto.

Não conheço todo o mundo
Mas é meu mundo tudo o que conheço
Peço a Deus, se moribundo
até prometo: rezo o terço.
Dois minutos, tudo passa
e se passa, logo esqueço.

Peco aqui, benfaço ali
Devo e pago o mesmo preço
Reclamo, resmungo, choro
adormeço.
Sonho como criança, e lá me aflijo,
quase enlouqueço.
Logo acordo, nem recordo
desapareço.

E o coração aflito na manha recém-chegada
nem se importa com os fantasmas da madrugada.
Se sisma com algo,
se vira ao avesso.

E lá vou, serelepe, mochila nas costas
Encarar mais um dia(um novo dia)
Olhando apenas para a frente
Rumo a outro recomeço.


Beijos,
Millie. =)

26-04-009 18:18h